quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Salve Yemanjá! Rainha do Mar! Odoiá!!!



Há exatamente um ano, eu estava em Salvador (BA), compelida em apenas celebrar esta data tão importante, que marcou o início de um ano cheio de sincronicidades, encontros, libertação, felicidade e amadurecimento em todos os âmbitos. Às 5h da manhã do dia 2, lá estava eu na Festa de Yemanjá, com flores, vestido branco, colar azul, perfumes, pronta para dar a minha contribuição aos barcos que levavam oferendas para a Rainha do Mar, com direito a céu rosa e arco-íris (presença do filho Oxumaré). Hoje, me preparo para fazer um ritual menor, particular, em plena Copacabana, mas não menos importante e espiritual. Dia dela! Minha mãe! Salve ODOIÁ!!! Rainha... Gratidão.

DIA 02 DE FEVEREIRO - DIA DE YEMANJÁ (SENHORA DAS ÁGUAS)

YEMANJÁ é considerada mãe de todos os demais ORIXÁS OGUM, XANGÔ, OBÁ, OXOSSI e OXUM que nasceram de caso ilícito que teve com IFÁ. NANÃ como vimos, é mãe de OMULU e OXUMARÉ. YEMANJÁ, por sua vez, filha de OLODKUN, ORIXÁ masculino em BENIN, ou feminino em IFÉ, sempre do mar. No Brasil, é muito venerada, e seu culto tornou-se quase independente do CANDOMBLÉ. É representada como uma sereia de longos cabelos pretos.

Rege a maternidade, e é a mãe dos peixes que representam fecundidade. Seu dia à sábado. Nas grandes "obrigações", são oferecidos cabra branca, pata ou galinha branca.

Gosta muito de flores e é costume oferecer-lhe sete rosas brancas abertas, que são jogadas ao mar para agradecimento.

Sua cor é a branca com azul. Usa um ADÉ com franjas de miçangas que esconde o rosto. Leva na mão o BÉBÊ -- leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro.

O tipo psicológico dos filhos de YEMANJÁ é imponente, majestoso e belo, calmo, sensual, fecundo e cheio de dignidade e dotado de irresistível fascínio (o canto da sereia).

As filhas de YEMANJÁ são boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de outros (OMULU).

À deusa das águas recorrem as mulheres que não conseguem engravidar.

Porque é Iemanjá quem controla a fertilidade, simbolizada em seu corpo robusto, forte, em seus seios volumosos e na aparência sensual.

Qualidades, aliás, de todas as suas filhas, que se revelam excelentes como donas de casa, educadoras e mães. Não perdoam facilmente, quando ofendidas.

São possessivas e muito ciumentas. Embora se mostrem tranquilas a maioria do tempo, podem se tornar verdadeiras feras quando perdem a paciência.

Mais do que isso, não perdoam ofensas com facilidade. Intrometem-se tanto na vida dos familiares que chegam a sufocar.

Mas a intenção é sempre das melhores.

YEMANJÁ, por presidir a formação da individualidade, que como sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente o BORI.

O mais popular e universal de todos os orixás das àguas: Iemanjá (nagôs), Dandalunga (angolas), Kaiala (congos); também chamada Janaína e Dona Janaína, Princesa de Aiucá e, nos candomblés-de-caboclo, Sereia Mukunã.

REGÊNCIAS:

AXÉ
Conchas e pedras marinhas, numa vasilha de porcelana azul. Insígnias: uma espada de folha-de-flandres e uma espécie de leque circular, também de folha-de-flandres, com adornos e, no centro, uma sereia recortada.

NATUREZA
mar, foz de rios, enseadas, baías.

METAL
prata

PEDRA
água-marinha

PERFUMES
Fleur de Rocaille, lírio, Syntoma.

COMO USAR
passar no corpo todo antes do banho de mar, ou tomar banho de sal grosso, lavar-se e passar um a cada sábado.

COR
azul-claro e prata.

COLAR
contas de vidro transparentes, ou fio de miçangas pingo d’água lavado em água de águas marinhas.

Gosta de acaçá e de milho branco cozido (ebó) com azeite, cebola e sal.

DIA RITUAL: sábado, juntamente com Oxun.

FESTA
2 de fevereiro, dia de Nossa Senhora de Navegantes, com quem está sincretizada.

SAUDAÇÃO
odôiá!

YEMANJÁ NA UMBANDA:

A linha de Iemanjá governa as legiões seguintes: Sereias (Oxun), Ondinas (Nanã Buruku), Caboclos do Mar (Indaiá), Caboclos dos Rios (Iara), Marinheiros (Tarimá), Calungas (Calunguinha) e Estrela Guia (Maria Madalena).

Suas cores são o branco e o azul. As oferendas a Iemanjá constam de flores de cor branca – rosas, cravos, lírios, palmas-de-santa-rita – perfumes, moedas de niquel, sabonete pequeno e outros agrados, que são deixados na praia, junto do mar, ou colocados num barquinho, que é solto nas ondas. A bebida das obrigações é champanhe, frequentemente democratizada como cidra espumante.

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